Cartilha dos C.A's e D.A's

http://www.une.org.br/home3/publicacoes/pdf/cartilha_cas_1__pdf.pdf
No dia 1 de fevereiro de 2007, a UNE recuperou sua casa após uma manifestação histórica pelas ruas da capital carioca. Os estudantes ocuparam o terreno, que foi incendiado pela ditadura militar em 1964, e onde até o ano passado, funcionava um estacionamento irregular.
Participaram da retomada ex-presidentes da UNE de diversas épocas. Os milhares de jovens de todas as regiões do país chegaram com tambores, balões e músicas em uma grande culturata, passeata artística que encerrou a 5ª Bienal de arte e cultura. Os estudantes ficaram acampados por vários meses até sair a resolução na justiça: o terreno realmente pertence a UNE / UBES.
Hoje, a sede histórica tornou-se um grande celeiro cultural, com manifestações artísticas dos mais diferentes tipos promovidos pelo Centro Universitário de Cultura e Arte do Rio de Janeiro (CUCA-RJ) e também por entidades estaduais e municipais.
A UNE foi precursora de importantes movimentos culturais na sociedade brasileira. O Centro Popular de Cultura (CPC) é o mais bem sucedido deles e nos anos 60 animou a cena artística brasileira com novas experiências no campo da pesquisa e da produção cultural. Participaram do CPC nomes como Arnaldo Jabor, Cacá Diegues, Ferreira Gullar, Vianinha, entre outros. O projeto foi encerrado com o Golpe Militar de 1964
Retomada Cultural
De lá para cá, as questões políticas que envolveram as entidades estudantis – a repressão, a clandestinidade e a reorganização– determinaram um período de instabilidade das atividades culturais ligadas aos estudantes. Mas o trabalho cultural da UNE foi retomado com vigor durante as Bienais de Cultura e Arte (Salvador, 1999; Rio, 2001 e Recife-Olinda, 2003), quando foram lançadas as bases do projeto do Circuito Universitário de Cultura e Arte, os CUCAs.
1ª Bienal - Com a realização da primeira Bienal da UNE, em 1999, na cidade de Salvador, a entidade retomou seu papel de referência no cenário cultural brasileiro e passou a influir novamente nos rumos do debate sobre a elaboração das políticas pública para a área.
A Bienal reuniu cerca de 5 mil estudantes, além de diversas personalidades do mundo acadêmico, científico e artístico. A diversidade de opiniões sobre a cultura e seus desdobramentos se deu pelo olhar de artistas como Leline, Chico César, Jorge Mautner e o grupo Racionais MC’s (com uma apresentação memorável).
2ª Bienal - A iniciativa se consolidou de vez em fevereiro de 2001, com a realização da 2ª Bienal, no Rio de Janeiro, onde começou a discussão sobre uma forma mais contínua de fomentar a produção cultural e artística nas universidades. O "Lado B" (espaço para programação não-oficial) e o "Lado C" (visita e interação com as comunidades dos morros do Rio de Janeiro) foram as grandes novidades. Mas o grande fato que marcou esta edição foi o amadurecimento do trabalho cultural da UNE, que se expressou no lançamento do Circuito Universitários de Cultura e Arte, o CUCA da UNE.
Além disso, nesta edição a entidade propôs que as a
tividades do festival subsidiassem a reflexão do tema "Nossa Cultura em movimento", instigando uma discussão sobre a diversidade cultural brasileira. Desta vez, mais de 8 mil jovens participaram. As presenças marcantes foram Augusto Boal, Ziraldo, Oscar Niemeyer, O Rappa e Tom Zé.
A Bienal realizada em Recife, em fevereiro de 2003, veio para consolidar o projeto CUCA e iniciar a formação de uma rede cultural estudantil organizada nas universidades do país. Naquele ano, a partir da temática "Um encontro com a cultura popular", o festival trouxe uma programação que discutiu a identidade cultural do povo brasileiro. Foi o momento também de avaliar a postura do novo governo eleito em relação às políticas culturais e à valorização da cultura popular. Participaram o ministro da Cultura, Gilberto Gil, e o escritor Ariano Suassuna.
4ª Bienal - Em 2005, com o tema "Soy Loco por ti América", a 4ª Bienal teve o propósito de provocar uma reflexão sobre as possibilidades da integração do continente, a partir do diálogo entre a cultura e as diversidades de seus povos. O festival ocorreu em São Paulo, paralelo ao XIV Congresso Latino Americano e Caribenho de Estudantes (CLAE), fato que viabilizou a vinda de grande número de participantes de outros países. O tema do congresso, "Outra América é Possível", reforçou a idéia de unidade e integração latino-americana ao propor mudanças na área econômica, política e social. Personalidades como o ministro da educação de Cuba, Vecinno Alegrete; Aleida Guevara (médica cubana e filha de Che); Enio Candotti; Mino Carta; e Aziz Ab’saber marcaram presença.
Este último encontro também serviu de espaço para mostrar as experiências dos 10 núcleos CUCA’s formados no Brasil entre o intervalo das Bienais. O "Espaço CUCA" foi um dos principais locais do festival, servindo de referência para os interessados em conhecer o trabalho cultural desenvolvido pela UNE.
5ª Bienal – em janeiro de 2007, como tema "Brasil-África: um rio chamado Atlântico", a 5ª edição da Bienal da UNE aportou novamente no Rio de Janeiro, desta vez para propor a mais de 8 mil universitários de todo o País o debate sobre a influência africana na cultura brasileira.
Baseada na leitura do livro homônimo do historiador, diplomata e ex-presidente da Academia Brasileira de Letras, Alberto da Costa e Silva, a 5ª Bienal possibilitou aos participantes compreender que a identidade nacional passa pelo entendimento de que somos um povo em formação, novo, mestiço. Pensar que para além do tráfico negreiro, houve uma relação de enorme troca cultural entre os dois continentes.
Durante os 7 dias de festival foram 42 debates, com a presença de 170 convidados de altíssimo nível; entre eles o cantor e a época Ministro da Cultura, Gilberto Gil, o escritor angolano sensação na Flip de 2006, Ondjaki, os cantores Lenine, Naná Vasconcelos, Carlos Lyra, o escritor Ferreira Gullar entre outros. Foram 64 oficinas, ministradas por 72 profissionais de diversas áreas. Toda noite, claro, o fino da música brasileira com 15 grandes shows.
A 5ª edição também bateu recorde de inscrições: 1.304 trabalhos e 237 projetos selecionados, com a participação de 440 artistas universitários. Além disso, o festival envolveu 41 "Pontos de Cultura" do Rio de Janeiro, abrindo espaço para o diálogo entre as mais diversas manifestações culturais.
6ª Bienal venha você construir essa história!
9h – Mesa de Abertura:
11h – Intervenção artística com grupo local
12h – Almoço
14h – Conferência 1:
18h – Atividade Cultural
19h – Jantar
20h – Espaços de Convergência:
1. Encontros de Curso organizados pelas executivas e federações
2. Atividades autogestionárias inscritas pelo site da UNE
22h – Show com bandas locais
12h – Almoço
14h - Painéis de Educação:
16h30 – Intervalo
17h - Oficinas e GTs:
19h00 – Jantar
20h – GTs de ME:
22h - Atividade Cultural: bandas locais
9h - INÍCIO DA PLENÁRIA FINAL
9h - PLENÁRIA FINAL (margem de segurança)
18h - Abertura da VI Bienal de Arte, Ciência e Cultura da UNE
Militamos na Mudança porque o importante é o movimento! Porque a práxis e a identidade coletiva se colocam num esforço contínuo de resgatar a utopia e reencantar o Movimento Estudantil. Militamos na busca de uma alternativa, da autonomia, de formação política, do respeito à individualidade. No reflexo das referências, no espírito de doação, na abordagem de temas pertinentes à realidade da juventude, militamos na Mudança. Porque de nada adiantam boas idéias se a prática cotidiana não as reveste.